sábado, 29 de junho de 2013

JANELAS CANSADAS

Conto
por Rogério Ribeiro










As horas passavam rapidamente no relógio da estante que guardava a bolsa que, menos impaciente, esperava.

A última vez que olhara, eram 3:10 da tarde, de um dia de muito calor.

Todos os dias ela saia quase que na mesma hora, em busca do que perdera nos últimos 14 anos de sua ainda jovem vida. 
Saía também, em busca do que não havia encontrado na tarde do dia anterior.

Ela olhou para a bolsa e jogou para o objeto de companhia,   a responsabilidade de tirá-la de casa mais uma vez, para o nada.  Levantou-se, pegou a bolsa e saiu.

Na rua, os homens que a acompanhavam com olhares cobiçosos e desinteressados, a seguiam na mesma calçada que levava a todos, para um destino de muitas bifurcações.

Ela não tinha um nome. 
Se alguém a chamasse ela não se identificaria. O que a identificava, nos poucos documentos que moravam incólumes na mesma bolsa que a acompanhava todos os dias, haviam perdido o sentido, a função e se perdido da lembrança da jovem mulher que os portava.

Não era tratada pelo nome; os nomes que lhe davam, eram os que saciavam as vontades de que ela fosse o objeto de seus desejos.  Homens e mulheres, os escolhiam.

Refém de sua busca, ela já não existia em meio à multidão.  
Há muitos anos se esquecera do que era a sua composição... 
Desfragmentada, já deveria compor o cenário do chão das ruas pelas quais passava todos os dias.  Sabia disso.

Antes, no percurso de todas as tardes; antes de ir para o Pub onde trabalhava, ela olhava o céu, o chão repleto de si nas ruas por onde passava, os prédios e os grandes letreiros que lhe chamavam a atenção para uma possível vida futura onde talvez, teria toda a felicidade dos anúncios.

No tempo em que se permitia esse vislumbrar de sonhos impossíveis, ela percorria o caminho sem trilha sonora.  Apenas, as palavras que faziam seu peito desabafar a dor, ao caminhar dos pés que em seus passos, se faziam notar mais que as palavras incessantes:

Quando terei?  E até quando?  Sem dar ouvidos aos gritos, seus pés a levavam.    A caminhada seguia.

Cansada.

Mais tarde, os pés que haviam percorrido todo o percurso da casa que não lhe pertencia, até o trabalho e mais alguns quilômetros dentro do balcão do Pub, sentiam todo o peso do dia que insuportavelmente, era menor que o seu. 
Ela então se despedia de toda a lembrança da noite e também dos que nunca a acompanhavam... Era estranho, mas até as colegas de um trabalho indesejável não eram cúmplices do cansaço de tantas outras.

Ela mais uma vez, longe do bando, dirigiu-se, às mesmas ruas lembrantes, às compras, num super mercado que permanecia aberto nas vinte e quatro horas do dia e que vendia sonhos, além de alimentos.   Pelo menos para ela.

Ao encher o cesto de garrafas de água, um homem que a observava quieto por entre as gôndolas, se aproximou e num olhar próximo do que ela sonhara por noites infindas, disse sem preocupar-se com ela e o resto:

- Me dê um pouco dessa sua água?

O homem que aparentava não precisar dela, nem ao menos do líquido daquele pedido esperava a resposta de seus profundos olhos, mas com a boca ela respondeu:

- Você não parece nem um pouco, precisar de um copo... Pode comprar a sua.

O homem que continuava a olha-la, respondeu num tom suave e pouco usual para aquele momento.

-Se me pedisse, eu daria... Daria mais, até... Bastava admitir que também precisava dela...

Entendendo que se tratava de um cliente inoportuno para ela, pediu licença indo para outra direção, longe do homem...

Em seus olhos, ainda  a imagem do homem ficaria guardada pelas noites de mente atenta; inumeradas, elas teriam algo que as tirassem o velho assunto.  Por isso, voltou:

- Você é algum louco? Por acaso é algum lunático que tem respostas para mim e a humanidade a partir de um pouco de água?

Calmo, sem se aproximar, O homem impossível de ser vislumbrado até por ela, fitou calmamente os olhos cansados da cliente de águas, de todas as noites do super mercado.

Sem sua permissão, aqueles olhos haviam falado com a honestidade que lhes eram comuns, o que sobejava na alma da mulher andarilha, ao homem que mesmo sem a ajuda deles, enxergaria o que vira.

Ele não respondeu. Continuou a fitá-la...

Ela, impaciente recuou e tentou sair novamente.  Mesmo querendo saber por que aquele homem não a olhava da mesma forma que os demais.

E perguntou; Com os olhos, mais que com palavras; Quais eram as intenções dele; Já que não mais importava quem ele era.

Ele respondeu que sabia que ela não tinha motivos pra se apressar, não havia quem a esperasse, ou que desejasse vê-la na casa que nem sua, era...

Disse sem cerimônias que ela era o blefe que não enxergava.

Disse que deveria parar e, por ali, dar a si mesma, o que tanto queria e que agora ele lhe pedia.

Porque comprava águas? Agora ela se perguntava.


E não lhe deu a água que lhe molharia a garganta; antes, retirou-se do local deixando o homem; e foi para a rua, a pensar no que molharia a sua vida cansada, vista na visível janela de sua alma.





sábado, 22 de junho de 2013

Os "CARAS LAVADAS"

por Rogério Ribeiro

















Os acontecimentos das últimas semanas, eram previstos por todos; Inclusive, pelos que não os queriam.


O Brasil não acordou.

Meio cambaleantes, acordaram os que dormiam, porque muitos gritavam diariamente nos ouvidos dos que ainda andava sonolentos e anestesiados por sonhos e pela falta deles. 

Se levantaram unidos.  Todos; até os que não queriam se levantar... Muito barulho pra qualquer um continuar o sono.

No meio do Brasil, apesar da fala fazer parecer que estão de fora, alguns dizem com vulgaridade, dos representantes que se manifestam pelas ruas, que são vândalos ou baderneiros e que existe um grupo - o maior -,  que “detém a paz” nas ruas.

Não detém.  Nem poderiam.  Apenas se controlam.

Tentar parar ou controlar qualquer manifestação como esta, de um Brasil saturado e sem direção?

Nem chance.



Saber onde tudo isso pode dar?
Já deu.


Deu em a grande parte dos que falavam mal, se colocar numa posição de pelo menos, análise dos fatos, ao invés de uma fala preconceituosa.

Deu nos políticos, que ainda pensam trafegar em outro tempo, manterem a pose de controle, enquanto maquinam e seguram o que podem; Enquanto manipulam o povo que saiu da cama, mas não jogou uma água fria no rosto.

Deu na dor de ver, a inocência romântica dos que entregam flores e o "vomitar" revoltoso dos que não se aguentam por andarem órfãos  no meio da manifestação que ainda, segue seu rumo, sem rumo.

Deu na revolta de tudo isso;  A mesma que não deixa o travesseiro da "Presidenta" dormir;  Ela, no entanto, insiste. 

Deu na revolução que trazemos nas mãos;  Deu que sabemos bem pouco e por conta própria.

Ninguém nos ensinou.   Tarefa difícil.

Um reforço entretanto,  é dado por quem analisa e, de bom grado, reforça as ideias de justiça e os alertas, para quem pouco se acostumou a ver a sua história com a delicadeza de quem vê, critica e julga, diante de  parâmetros e bases;  Não de paixões.

As paixões nos impulsionam.  Não nos sustentam.

Deu nelas e permaneceremos nelas...  Até lavarmos o rosto.

Deu ainda, na manipulação da mídia que ignorando o seu povo, pensa apenas, em converter o sistema televisivo, em rede social, se o povo se mantiver acordado.


A despeito de tudo o que vem dando na nossa cabeça,  podemos mudar “o jogo” de quem maldosamente, iniciou os “tumultos”, antes destes tomarem as ruas,  e dos que tentam tirar proveito deles.

Podemos mudar!   Além disso,  há um Deus no Céu...  

Não, não falo de religião.  Nem falo de fé apenas, aos de esquerda,  muito menos, de agrados e mimos, aos de direita...

Falo da justiça, que sustenta de pé, a ambos (Acredite, ou não).

Este sentimento que deu em você e te leva a percorrer as ruas, é o que eu falo a “gregos” e a “troianos”.


Sem fé, você não chega nem à próxima esquina...

(Coisas entre você e sua cabeça, não é?    Pois é).



Por falar nisso... A sua cabeça?   Ela está aí, ainda?   

Ok. 

Então, pense no que vai ser, porque no que deu, você só precisa lavar o rosto pra enxergar.  Sono pesado...

Pense no que vai ser, pra não virar “massinha colorida”; para não ser modelado e manobrado segundo a “manobra” dos que brincam;

Eles não estão pra brincadeiras.


Pense em tudo o que puder e mais um pouco. 

Guarde tudo o que puder e mais ainda.

Ninguém disse que iria ser fácil.  Mas você não foi chamado para um “carnaval”, convenhamos.

E, se me permite: As flores... 

Elas não intimidarão a policia.  Nunca intimidaram...
Nem nos filmes. 
Só comoveram os feeds  do Facebook...  Alguns, creio.


Porém, se você  ainda não está certo disso, não se ofenda. 
Mas espere o fim da Copa, ou outro evento, pra você extravasar este equivoco que circula pelas manifestações.

Já bastam os infiltrados e os não, “tratados” 
(de dentro e de fora das manifestações).

Independente das vontades de apenas uma classe, lembre-se de que estamos num país;

O que vale, é a vontade de todos, nós.  

Os verdadeiros donos.


Sou dos que acreditam que há duas formas de mudar a história:

Uma delas, é trabalhando arduamente em silencio ou não, enquanto muitos, sem propriedade e trabalho, "gritam" e criticam, favor do que pensam pouco, para mudar.

A outra,  é a pressão justa a quem pode mudar.


Continue a fazer a segunda, sem se esquecer da primeira.  


De rosto lavado, eu prometo fazer as duas.




quarta-feira, 12 de junho de 2013

A BATALHA DOS SECOS

Conto
por Rogério Ribeiro







O céu continha algumas poucas e pequenas nuvens que pareciam mais às de um painel pintado, reproduzindo os momentos que antecedem a chuva.   
Todos esperavam. 


Ela deveria vir para todos; sem exceção.  Era esperada.  



A estiagem deveria ceder ao período de chuvas, como em todos os anos. Então, viria. 
O homem que esperava não perder a colheita de um trabalho árduo, ansiava tanto quanto as mulheres que rondavam a cidade em busca de votos para um dos candidatos a prefeito que defendia, é claro, não as ideias que as agradavam, mas defendia a falta de uma iniciativa pró- chuvas.  
A despeito de alertas sobre fatores climáticos bem diferentes dos de sempre e de viverem num planeta mais diferente ainda, elas manifestavam–se à cidade, que queria com todo o querer, a chuva, contrariando-a.
Ora,... O que fariam com a chuva? Diziam.  
Não sabiam; Diziam a tempo e fora, viver do sol e que a  chuva... "Ora, a chuva", era coisa de um passado de restrições e enganos e perdas e tal...  
Era insano para os que refletiam nas ultimas poças de intelecto que resistiam à seca de tantas paixões.

“A chuva... - pensavam - é ainda eficaz, em outras áreas da cidade e próximo às lavouras somente...”.

Elas eram poucas, mas pensavam, por rodear a cidade e não ver mais nenhuma, rodeando-a, que eram a maioria. 

Estavam débeis.  Ficaram.

As beatas e os burocratas da região queriam também, que as águas descessem do céu azul e quase sem sombra.  
"A bendita água" de que tanto precisavam.  
As beatas, para lavar a igreja e os burocratas...  Estes, para não perder o que haviam gastado em suas empreitadas.

As crianças da creche da prefeitura e o gado de poucos fazendeiros não estavam em situação pior por pouco... 

Bem pouco. 

As autoridades estavam fora da cidade.  
Os trabalhadores, traziam do rio quase extinto que corria junto às minas, a água que abastecia o pequeno abrigo  infantil.   
O mesmo faziam os fazendeiros; para não sofrer o gado e a falta dele.

Havia crianças, jovens e mulheres na praça onde toda a conversa, somente era feita entre casais e onde o monólogo de uns poucos era difundido, com ares de dialogo. 

Na praça cenográfica, os comícios que queriam dizer que o povo dizia,  diziam que os homens não estavam lá! 

Ora... Os homens da cidade não poderiam parar a ponto de ir ver o tão esperado descer das águas, enunciado por todos!

Não podiam.  Eles estavam nas minas.

Mas, esperavam. Não como tolos, mas da forma que aprenderam.  O que para alguns, era tola. 

Todos os dias, antes de percorrerem a extensão que haviam cavado, juntavam-se em pequenos grupos e punham-se a queimar o que poderia ser queimado, na tentativa de fazer chuva, com o suor do rosto.  Daí, entravam e começavam então, a ganhar o pão. 

Esperavam que quando saíssem no fim do dia, as grossas nuvens que vislumbravam formarem-se no céu enquanto ainda atestavam a escuridão das minas, molhassem suas cabeças e lhes revigorassem o corpo.


Não se sabia ao certo, quem dera a noticia de que naquele dia, viriam tão rápido, as águas que já faltavam ao vilarejo e a toda a região, há cerca de 2 anos.
 Muitos não acreditavam, mas esperavam. Crendo ou não, de uma forma ou de outra, esperavam; No mesmo pedaço de mundo.

Havia também os jovens que dividiam suas vidas entre os que estudavam e os que eram enviados para o serviço militar. 
Os enviados nutriam um gosto especial pela cidade que os expulsara, enquanto os que ainda se assentavam em suas salas de aula, ansiosos, não pensavam na chuva; Mal podiam aguardar até que soasse o bendito sinal que os levaria dali, até o próximo e terrível dia.
Quando chegavam a suas casas, os que ligavam a tevê e abriam a geladeira, não queriam saber da chuva; 
Queriam o banho.

A falta, lhes mandaria ao quarto em poucos minutos; Apenas o tempo de conferirem o que poderia ser feito sem o liquido idiota.

As horas?  Passavam.

Todos; sem passado ou presente diverso, eram o povo da cidade sem chuva e sem futuro.

Na praça, representando alguns dos que estavam em casa nos quartos, alguns dos que se foram e muitos, - segundo os que mais gritavam - que eram "a maioria", estavam lá, gritando pelas formas e reformas do novo candidato atraente, que traria e atrairia a tudo o que superaria a própria chuva.

Onipresente como parecia ser, Ele, nem estava lá.


A discussão seguia e as horas se amontoavam, mas a chuva não caia.

E se passaram...  Dias e noites; e iam, se enfileirando, um após o outro, e pesando mais e cada vez mais, o pesar dos poucos que pesavam tudo o que faziam ali, enquanto a história dizia e lhes lembrava, de que não seria assim, o fim de seca dos dias.

Secos, um mais que o outro, eles agora retornavam às suas casas, deixando nas praças as mulheres que não queriam largar a praça de ideias que ainda reluziam em suas cabeças na noite escura e seca.

Um dos que pouco tinha notado a paisagem da bela cidade em tempos de luta por novas e impossíveis chuvas, deu-se o prazer de caminhar pelo caminho junto ao rio quase seco para ver entre montanhas ao longe, o que lhe poderia trazer de volta a esperança de um dia de chuva.

O contorno das montanhas, de um azul que indicava a alvorada, recobria também os tetos das casas e as copas das árvores que finalizavam a visão:
Era de um azul profundo, como antes e antes... 

A não ser, por sobre as minas: 


Generosamente, estavam cobertas de nuvens.



terça-feira, 4 de junho de 2013

PROMOÇÃO!! PEGUE O SEU!

por Rogério Ribeiro













Não somos.  Poderíamos ser, mas não somos.

E talvez você pense que eu venho mais uma vez lembra-lo do quanto nos enganamos...
 É verdade, eu vim.  Só que de uma forma mais desagradável ainda: “Jogando” na cara o quanto somos vergonhosos.  


Jogar um balde de água fria é bom pra acordar e pra lavar; para levar embora e para fazer descer pelo ralo que só não está entupido por tanta sujeira que desce, porque ela só desce aos poucos e em partes tão microscópicas, que não causam danos ao sub orgulho de ser Brasileiro.  
Fizeram-nos tolos na colonização e nos deixaram o legado. Somos fieis a ele, todos os dias.

A gente se orgulha do país, não por seu povo pacifico(quase ex...), mas pelo que ele diz ser para o resto do mundo e pelo que ele nos ensinou a gostar: De todo o nosso "carnaval" que dura o ano inteiro, entra ano e sai ano.  Cansativo até de lembrar.

A gente se orgulha de ser “otimista” quando na verdade, o que somos é preguiçosos; confiamos no time que entra em campo ao som de “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”... Desde sempre... lembra?

Por falar em futebol, me desculpem os que o amam, mas paixão não justifica sermos tão alienados.  As novelas também me perdoem.  Somos o povo que cultiva estas duas paixões, somente... 
É, porque se fossemos apaixonados por algo mais, até as novelas e o futebol não estariam com os dias contados.  Questão de tempo...

Outra mentira?  Não somos pacíficos.  
Somos sem dúvida, acomodados.  Daí, a impressão de sermos “de paz”.
 Esperamos que façam em nosso lugar.  Assim como o governador do Rio frente à Copa e a tudo, diz, entre outras sandices, que no final "vai  dar tudo certo"...  

Não vai.

Porque “dar certo” é outra coisa bem diferente do que nos acostumamos e que já passa do tempo de a aceitarmos.

Para mantermos nossa vida como é, preservamos a desculpa “porca” de que, no final, tudo vai ser sempre “positivo”.
Para esta nossa vidinha, até é...

Não falo de quem luta e é oprimido.  Estes não têm nem “pátria”; Lutam para sobreviver aos “otimistas”, que tanto o são, que terminam renegando aos que tem fé e lutam para prova-la dia a dia, o direito a receberem de sua batalha pelo verdadeiro otimismo, os seus devidos direitos.

Não vai dar certo.  Injustiça, nunca dá.

Nem na Copa, nem em muita coisa que ainda faremos.  
Não precisa ser sábio pra isso e todos já o sabem (o que deixa a situação bem pior...).

Vamos continuar fazer a festa para o mundo fútil achar “bonitinho”.  Só ele; pois o restante, não se deixa enganar.


Somos, é uma grande vergonha que precisa se tornar nação que se orgulha de verdade.

Com motivos. 


Não me orgulho deste país que continuamos a fazer; Nem um pouco.
 Há uma falsa ideia no ar; Uma camada grossa que sempre impede que façamos um exame mais sério acerca do que somos e do que temos sido: A densa nuvem do engano, sub facetada em diversas partes, cada uma, mais negra do que a outra.

É só olhar para o “Céu” e ver...  Tire os óculos.

Dissipemos nós, esta nuvem.   Não qualquer outro.  É função nossa.


Daí veremos; Daí teremos, o tão sonhado orgulho (Penso que é mais esperado do que sonhado...). 



E, antes de você me chamar de “pessimista”, digo que sou mais otimista do que muitos; Eu ainda abro a minha boca e trabalho muito, para que a gente se enxergue e cresça.


Depois e, só depois, eu festejo.







                Água fria dói, mas ativa a circulação.