por Rogério Ribeiro
Não somos. Poderíamos ser, mas não somos.
E talvez você pense que eu venho
mais uma vez lembra-lo do quanto nos enganamos...
É verdade, eu vim. Só que de uma forma mais desagradável ainda: “Jogando”
na cara o quanto somos vergonhosos.
Jogar um balde de água fria é bom pra acordar e pra lavar; para levar embora e para fazer descer pelo ralo que só não está entupido por tanta sujeira que desce, porque ela só desce aos poucos e em partes tão microscópicas, que não causam danos ao sub orgulho de ser Brasileiro.
Fizeram-nos
tolos na colonização e nos deixaram o legado. Somos fieis a ele, todos os dias.
A gente se orgulha do país, não
por seu povo pacifico(quase ex...), mas pelo que ele diz ser para o resto do
mundo e pelo que ele nos ensinou a gostar: De todo o nosso "carnaval" que dura o
ano inteiro, entra ano e sai ano. Cansativo
até de lembrar.
A gente se orgulha de ser “otimista”
quando na verdade, o que somos é preguiçosos; confiamos no time que entra em
campo ao som de “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”... Desde
sempre... lembra?
Por falar em futebol, me
desculpem os que o amam, mas paixão não justifica sermos tão alienados. As novelas também me perdoem. Somos o povo que cultiva estas duas paixões,
somente...
É, porque se fossemos
apaixonados por algo mais, até as novelas e o futebol não estariam com os dias
contados. Questão de tempo...
Outra mentira? Não somos pacíficos.
Somos sem dúvida, acomodados. Daí, a impressão de sermos “de paz”.
Esperamos que façam em nosso lugar. Assim como o governador do Rio frente à Copa e
a tudo, diz, entre outras sandices, que no final "vai dar tudo certo"...
Não vai.
Porque “dar certo” é outra coisa bem
diferente do que nos acostumamos e que já passa do tempo de a aceitarmos.
Para mantermos nossa vida como é, preservamos a desculpa “porca” de que, no final, tudo vai ser sempre “positivo”.
Para esta nossa vidinha, até é...
Não falo de quem luta e é oprimido. Estes não têm nem “pátria”; Lutam para sobreviver aos “otimistas”,
que tanto o são, que terminam renegando aos que tem fé e lutam para prova-la
dia a dia, o direito a receberem de sua batalha pelo verdadeiro otimismo, os seus
devidos direitos.
Não vai dar certo. Injustiça, nunca dá.
Nem na Copa, nem em muita coisa que ainda
faremos.
Não precisa ser sábio pra isso e todos já o sabem (o que deixa a situação bem pior...).
Não precisa ser sábio pra isso e todos já o sabem (o que deixa a situação bem pior...).
Vamos continuar fazer a festa
para o mundo fútil achar “bonitinho”. Só ele; pois o restante, não se deixa
enganar.
Somos, é uma grande vergonha que precisa se
tornar nação que se orgulha de verdade.
Com motivos.
Não me orgulho deste país que
continuamos a fazer; Nem um pouco.
Há uma falsa ideia no ar; Uma camada grossa
que sempre impede que façamos um exame mais sério acerca do que somos e do que
temos sido: A densa nuvem do engano, sub facetada em diversas partes, cada uma, mais
negra do que a outra.
É só olhar para o “Céu” e ver... Tire os óculos.
Dissipemos nós, esta nuvem. Não
qualquer outro. É função nossa.
Daí veremos; Daí teremos, o tão
sonhado orgulho (Penso que é mais esperado do que sonhado...).
E, antes de você me chamar de “pessimista”,
digo que sou mais otimista do que muitos; Eu ainda abro a minha boca e trabalho muito, para
que a gente se enxergue e cresça.
Depois e, só depois, eu festejo.
Água fria dói, mas ativa a
circulação.
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